quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Grande Rio 1995 - "Estória Para Ninar Um Povo Patriota"

Grande Rio 1995
16° Lugar


Presidente: Otávio Vilas Gomes
Carnavalesco: Lucas Pinto

Abertura do desfile - (Reprodução/Tv Manchete)

Sinopse do Enredo


Havia um Imperador, chamado Brasil, dono de uma imensa terra, num continente, onde existiam outros imperadores. Suas terras eram tantas, que, o Imperador Brasil, possuía reis que, governavam pedaços de suas terras. Elas eram muitas realmente, se dividiam em regiões. Dentro dessas regiões, existiam os reis, que governavam vários pedaços de terra, que recebiam o nome de Estado, que eram o nome dos reis.
Um desses reis chamava-se Amazonas. Esse rei era responsável pelo ecossistema mundial de responsabilidade do Imperador Brasil. O reinado do rei Amazonas, era belíssimo, e seu potentado, era coberto por matas virgens, grandiosos rios, que durante milênios, viveram desconhecidos do resto do mundo.

O rei Amazonas tinha uma filha, uma princesa com nome Manaus. Ela vivia no meio da mata Amazônica entre rios e igarapés. Tinha como companhia, as florestas com seus mistérios e as lendas das tribos indígenas - povos que viviam na terra de seu pai.

Alegoria - (Reprodução/Tv Manchete)

Um dia, a princesa Manaus, viu brotar dos sulcos que os índios faziam numa determinada árvore, o sangue da terra, um liquido branco e viscoso, que os índios faziam bolas para as crianças brincarem. Mal sabendo que ali estava parte da grande fortuna, que se encontrava escondida no reino de seu pai, e que faria o Imperador Brasil ser rico e respeitado cm todo o mundo.

Muito distante dali, havia uma poderosa rainha de nome Inglaterra, que tinha um espelho que falava com ela. Todos os dias a Rainha Inglaterra perguntava ao espelho se existia alguém mais rica do que ela ao que o espelho sempre lhe respondia que não. Que ela era a mais rica e poderosa de todo o Universo. Certo dia, ao perguntar ao espelho se existia alguém mais rica do que ela, o espelho respondeu-lhe que em um continente distante, o Imperador tinha descoberto em uma área de suas terras, que era governada por um rei de nome Amazonas, um líquido branco e viscoso que valia tanto ou mais que o ouro, e a cada dia que se passava, o Imperador Brasil, ia conquistando prestígio perante o mundo. O Rei Amazonas começava a descobrir o seu reinado, através de sua filha, a princesa Manaus, que, a cada dia se enriquecia mais e se embelezava mais, dentro dos padrões mais requintados da Europa.


A Rainha Inglaterra mandou então, um emissário dela vir observar o que se passava por esse continente e fiscalizar a vida da Princesa Manaus. Ao chegar as terras do Rei Amazonas, o emissário viu que a princesa Manaus, vivia o auge da bela época. Que ela possuía um belíssimo teatro, casas de chá, coqueterias e que, no meio da selva do Rei Amazonas, uma riquíssima cidade onde vivia a princesa, transbordava de luxo, onde os Barões da Borracha acendiam seus charutos Havana, com notas de 500 mil Réis.

A Rainha Inglaterra arquitetando um plano, construiu um navio e a este deu o nome do Rei "Amazonas". Certo dia, ela levou, sem que ninguém soubesse, setenta mil espécies da planta que brotava o líquido que valia tanto ou mais que ouro, para serem plantadas em seus terrenos na Malásia. Tal atitude caiu como veneno para a Princesa Manaus, fazendo-a adormecer num sono profundo durante quase dois séculos, coberta pela vasta floresta Amazônica.


Durante todo esse tempo todo, que Princesa Manaus permaneceu em seu sono encantado, vítima do veneno da Rainha, as fadas madrinhas Flora - responsável por todas as florestas e matas -, Fauna - responsável por todos os seres viventes da floresta -, e Eco-responsável pelo ar e a camada de ozônio da Terra -, lançaram-lhe uma promessa: que a Princesa Manaus haveria de despertar desse sono profundo, através de um beijo que lhe haveria de ser dado por um príncipe espacial. Passaram-se muitos anos em que a Princesa Manaus viveu adormecida e quase esquecida. Até que um dia, ela foi visitada pelo Príncipe da Tecnologia, que tinha ouvido falar sobre ela. Ao ver a Princesa, o Príncipe não hesitou em beijá-la, acordando-a para seu futuro. Um futuro de progresso, seu, de seu pai, o Rei Amazonas, e de seu Imperador Brasil.

Alegoria - (Reprodução/Tv Manchete)
Trecho do desfile:


Letra do Samba:

Nessa história em verde e amarelo
A Grande Rio deu um toque tão sutil,
Nas terras do rei Amazonas
Do continente do imperador Brasil
Vamos viajar, nas matas de tantas riquezas
Entre rios e igarapés
Vivia Manaus, a linda princesa
Das lendas que os índios conviviam
O artista resolveu criar
Neste enredo de encantos e magias
Onde tem o boto rosa com o dom de conquistar

Um brinquedo de criança
Virou tesouro profundo (bis)
Despertando a cobiça
Do outro lado do mundo

Perguntou:
Espelho, espelho meu
Será que existe alguém mais rica do que eu?
Minha rainha poderosa,
Manaus é um tesouro muito maior que o seu
A Inglaterra mandou, um emissário pra cá
Tudo que viu ele voltou pra confirmar
Teatro, casa de chá, boemia,
Muito mais a fidalguia tinha aos seus pés
Os barões da borracha tinham ousadia
De acender os charutos com 500 mil réis

Um navio sorrateiro apareceu
Levando quase ao mundo inteiro
As seringueiras, com isso a princesa adormeceu
Entre fadas-madrinhas, no seu sono prosseguia
Pra despertar do berço da ecologia
E o príncipe encantado, Manaus ele beijou
Para tecnologia a princesa acordou

Embala eu, embala eu
Pátria mãe, gentil (bis)
No despertar deste sono
Encontrei meu sonhado Brasil...



Conheça um Pouco mais do carnaval de 1995 e outros de Lucas Pinto na Grande Rio no blog Bandeira da Memória: http://bandeiradamemoria.blogspot.com/2009/10/grande-rio-em-3-anos.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário